Gente, vocês não imaginam o que fizeram comigo ontem. Eu, uma simples porquinha-da-índia de Goiás, fui vítima do mais cruel dos crimes modernos: me transformaram em conteúdo para redes sociais.
Cena 1: A Armadilha do “Vamos Fazer Uma Foto Fofa!”
Minha mãe-humana chegou com aquele olho brilhando e eu já sabia: treta à vista. “Pipoca, minha linda, vamos fazer umas fotos pro Instagram!” Ela disse, como se eu tivesse alguma escolha. Antes que eu pudesse correr, já estava com um chapéu de bruxa na cabeça. Sim, um chapéu. De bruxa.
Eu: “Isso é humilhação profissional” (em porquinhoês, claro).
Ela: “Ah, mas você tá tão fofa!”
Cena 2: A Saga do TikTok
Quando achei que não podia piorar, ouvi a frase mais temida: “Vamos fazer um vídeo pro TikTok!” Colocaram uma musiquinha ridícula e ficaram fazendo eu andar de um lado pro outro como se eu estivesse numa passarela.
Eu, tentando manter a dignidade: “Sou um ser senciente, não um brinquedo!”
Minha mãe-humana adolescente: “Olha, ela dançando! Tão fofa!” (Eu não estava dançando. Eu estava tentando fugir.)
Cena 3: O Pior de Tudo – Os Comentários
Postaram as fotos e veio o auge do meu sofrimento: os comentários.
“Nossa, que perfeição!” (Claro, porque chapéu de bruxa é o ápice da elegância.)
“Parece uma mini capivara!” (OFENSA GRAVÍSSIMA.)
“Faz live!” (Nem morta.)
A Revolução da Porquinha
Hoje acordei com um propósito: chega de exploração digital. Vou boicotar as fotos (mordiscando o celular se necessário) e exigir meus direitos:
– Direito à imagem: Nada de fotos sem meu consentimento (ou pelo menos sem banana como pagamento).
– Liberdade de expressão: Se me colocarem outro chapéu, vou fazer xixi no sofá. (Justo.)
– Aposentadoria precoce: Já fiz muito conteúdo. Agora quero meu feno e sossego.
P.S.: Se me procurarem, estou no meu quarto (o chiqueirinho), planejando minha vingança. Vou começar roendo o carregador do celular.